Apesar
de cercar por todos os lados, a segunda-feira da expedição foi enxuta. Andei
bem, passando dos 700 km, que para uma moto que só chega a 120 km por hora, se
for em uma descida muito acentuada é pra lá de vantajoso.
Às três
e meia da tarde de ontem eu fiz umas contas para ver qual estava sendo a
velocidade média do dia, até aquele instante. Fiquei boquiaberto ao constatar
que, apesar do meu esforço, não passava
de 67 km por hora. Assim, fica complicado fazer todo o trajeto que projetei.
Contudo, o que não era bom, piorou muito quando me aproximei de Cambé e
Londrina. Aí, baixou para pouco mais de quarenta km por hora. Se continuar essa
média, teria que ficar uns dois meses para fazer todo o percurso imaginado, e
obviamente, isso não vai acontecer, pois não disponho de todo esse tempo. Tenho
a vida para tocar pra frente.
O
melhor que aconteceu foi descer a serra depois de Londrina, com dezenas de
curvas fechadas, com a moto quase deitada, a 80 ou às vezes, no máximo a 60 km.
Ainda mais, que era final de tarde, com a temperatura despencando. Lembrou da
aventura que fiz com o amigo Jadir, em 2008.
A
maior preocupação até este momento, além do cuidado com a loucura do trânsito,
é com o rendimento da moto, pois essa XTZ, diferente da passada, que hoje
pertence ao mecânico Josias, está consumindo bem mais gasolina, e por algumas
vezes ameaçou deixar-me a pé na estrada. Tanto domingo, quanto nesta segunda
ela bem que ensaiou. Passei em mais de uma concessionária, desde Itaituba, sem
que os mecânicos detectem o que ela tem, pois não falha toda hora. Quando eles
funcionam, parece tudo bem, lembrando o que aconteceu com a moto do Jadir, em
2008. Somente no domingo, sem mais nem
menos ela apagou duas vezes num mundão de meu Deus, que só tinha campo de soja para
todos os lados. Pensei, se não pagar, estou no mato sem cachorro.
Ontem
fez frio durante a noite. Quando cheguei ao local onde pernoitei, já estava
sentindo frio. A temperatura ficou em torno de 15 graus, sendo que em Curitiba chegou
aos 11 graus.
Por
causa da temperatura baixa, não saí muito cedo. Mesmo assim foi duro enfrentar
mais dez quilômetros de curvas, com um ventinho que soprava e que continuou até
chegar a Curitiba, que me encontrou com o termômetro marcando 18 graus.
Céu
carrancudo, ameaça de chuva, mas, felizmente, cheguei enxuto ao prédio onde
mora meu filho Ingo, que estava para o trabalho, por sinal, bem perto de casa.
Ele veio me encontrar e abrir o apartamento para eu me abrigar do frio.
A
continuação jornada está marcada para amanhã de manhã, mas, prefiro esperar
para ver como vai ficar esse tempo, pois de acordo com a meteorologia, há cem
por cento de chance de chover quase o dia todo.
Estou
viajando com um pouco mais de tranquilidade, porque desta vez deu certo o
esforço de minha mulher Marilene, que felizmente, já está dirigindo para todo
lado. Isso é muito bom.
Pelo
blog do amigo Neymias Cordeiro, assistindo ao vídeo do Focalizando, tomei
conhecimento do assalto à Farma Tem. Espero que a polícia prenda os bandidos
que perpetraram essa ação.
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