Comemoração misturada com selvageria
Em Itaituba, a comemoração
pela classificação da Seleção Brasileira misturou muito álcool, denúncias de
sexo explícito praticado por menores e muita violência.
O Conselho Tutelar foi
criticado por não ter ficado até mais tarde na orla da cidade onde ocorrem as
comemorações, pois os menores continuaram por lá até altas horas. Mas, os
conselheiros fizeram o que foi possível.
É muito fácil apontar o
dedo para o Conselho Tutelar, porque alguém tem que ser responsabilizado. Mas,
cadê os pais irresponsáveis desses menores, que às centenas aprontam sem nenhum
freio, ou limite? Como é que os conselheiros vão dar conta em uma situação como
a de sexta-feira passada, com uma multidão calculada em mais de quatro mil
pessoas, que segundo a PM teria passado pela orla? É pura irresponsabilidade dos pais, que não
cumprem com seus deveres e botam a culpa nos outros.
VIOLÊNCIA
Hoje, assisti no
Focalizando as cenas de violência por parte de alguns policiais militares do
Tático, na orla, ainda durante as comemorações da vitória do Brasil sobre a
Colômbia.
O elemento (porque não se
tratava de um cidadão pacato, pois pilotava uma moto sem camisa e ainda tentou
furar o bloqueio da PM) não parecia lá ser gente da melhor qualidade. Mas, os
policiais não são treinados, nem pagos por nós, contribuintes, para praticar
aquele tipo de selvageria.
Contra os fatos não
argumentos, e quando os fatos são corroborados por imagens, aí fica muito mais
difícil o desmentido.
A barbárie a que o
infrator foi submetido revoltou qualquer cidadão cumpridor dos seus deveres,
pois tudo aquilo poderia ser evitado se os policiais tivessem seguido o manual
no qual estudaram durante o curso de preparação pela qual passaram.
O motoqueiro estava em pé,
e no momento em que se encontrava parado foi atingido por uma rajada de spray
de pimenta no rosto, violência gratuita, pois naquele instante ele não parecia
oferecer maior resistência.
Como consequência do ato
dos policiais, o camarada reagiu e se atracou com um dos integrantes do Tático,
com o qual lutou, desferindo muitos golpes.
Incontinente outro PM saiu
em defesa do colega, usando um cacete, que foi usado tantas vezes para bater no
civil, que quebrou. Por fim, num ato covarde, quando o cara já estava dominado,
um policial pisou em sua cabeça, pressionando-a contra o chão.
As cenas muito fortes
foram mostradas pela equipe de reportagem comandada por Mauro Torres ao comando
da PM, que garantiu que as providências serão tomadas.
Se o que aconteceu durante
essa abordagem policial, na noite de sexta-feira passada, ficar impune, nós,
cidadãos comuns, estaremos correndo sério risco sobre nossa integridade física,
porque não se pode conceber tal comportamento de pessoas que deveriam estar
preparadas para defender a sociedade.
No momento em que
policiais se comportam daquela maneira, eles trocam o respeito do cidadão, pelo
medo. E os superiores não podem permitir que esse tipo de situação passe a ser
encarado com naturalidade.
Aquela pessoa que foi
agredida, não está acima da lei. Se estava errada, deveria pagar pelo que fez.
Mas, existem os meios e os modos da autoridade se impor, inclusive usando a
força quando necessário. O que não está certo é o uso da força para fins de
massacrar, como aconteceu sexta-feira. O que se viu ali foi uma aula de
selvageria, de brutalidade, de barbárie, que não pode acontecer novamente.
A Política Militar do
Estado do Pará é muito maior do que isso. Sua história centenária não pode ser
maculada por esse tipo de ação errada.
Vamos aguardar as
providências que o caso exige.
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