segunda-feira, julho 07, 2014

Comemoração da vitória da Seleção Brasileira teve de tudo, inclusive muita violência e um sem número de menores aprontando

Comemoração misturada com selvageria
Em Itaituba, a comemoração pela classificação da Seleção Brasileira misturou muito álcool, denúncias de sexo explícito praticado por menores e muita violência.

O Conselho Tutelar foi criticado por não ter ficado até mais tarde na orla da cidade onde ocorrem as comemorações, pois os menores continuaram por lá até altas horas. Mas, os conselheiros fizeram o que foi possível.

É muito fácil apontar o dedo para o Conselho Tutelar, porque alguém tem que ser responsabilizado. Mas, cadê os pais irresponsáveis desses menores, que às centenas aprontam sem nenhum freio, ou limite? Como é que os conselheiros vão dar conta em uma situação como a de sexta-feira passada, com uma multidão calculada em mais de quatro mil pessoas, que segundo a PM teria passado pela orla? É  pura irresponsabilidade dos pais, que não cumprem com seus deveres e botam a culpa nos outros.

VIOLÊNCIA
Hoje, assisti no Focalizando as cenas de violência por parte de alguns policiais militares do Tático, na orla, ainda durante as comemorações da vitória do Brasil sobre a Colômbia.

O elemento (porque não se tratava de um cidadão pacato, pois pilotava uma moto sem camisa e ainda tentou furar o bloqueio da PM) não parecia lá ser gente da melhor qualidade. Mas, os policiais não são treinados, nem pagos por nós, contribuintes, para praticar aquele tipo de selvageria.

Contra os fatos não argumentos, e quando os fatos são corroborados por imagens, aí fica muito mais difícil o desmentido.

A barbárie a que o infrator foi submetido revoltou qualquer cidadão cumpridor dos seus deveres, pois tudo aquilo poderia ser evitado se os policiais tivessem seguido o manual no qual estudaram durante o curso de preparação pela qual passaram.

O motoqueiro estava em pé, e no momento em que se encontrava parado foi atingido por uma rajada de spray de pimenta no rosto, violência gratuita, pois naquele instante ele não parecia oferecer maior resistência.

Como consequência do ato dos policiais, o camarada reagiu e se atracou com um dos integrantes do Tático, com o qual lutou, desferindo muitos golpes.

Incontinente outro PM saiu em defesa do colega, usando um cacete, que foi usado tantas vezes para bater no civil, que quebrou. Por fim, num ato covarde, quando o cara já estava dominado, um policial pisou em sua cabeça, pressionando-a contra o chão.

As cenas muito fortes foram mostradas pela equipe de reportagem comandada por Mauro Torres ao comando da PM, que garantiu que as providências serão tomadas.

Se o que aconteceu durante essa abordagem policial, na noite de sexta-feira passada, ficar impune, nós, cidadãos comuns, estaremos correndo sério risco sobre nossa integridade física, porque não se pode conceber tal comportamento de pessoas que deveriam estar preparadas para defender a sociedade.

No momento em que policiais se comportam daquela maneira, eles trocam o respeito do cidadão, pelo medo. E os superiores não podem permitir que esse tipo de situação passe a ser encarado com naturalidade.

Aquela pessoa que foi agredida, não está acima da lei. Se estava errada, deveria pagar pelo que fez. Mas, existem os meios e os modos da autoridade se impor, inclusive usando a força quando necessário. O que não está certo é o uso da força para fins de massacrar, como aconteceu sexta-feira. O que se viu ali foi uma aula de selvageria, de brutalidade, de barbárie, que não pode acontecer novamente.

A Política Militar do Estado do Pará é muito maior do que isso. Sua história centenária não pode ser maculada por esse tipo de ação errada.


Vamos aguardar as providências que o caso exige.

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