quinta-feira, agosto 28, 2014

Polícia procura seis acusados de desmatamento foragidos no PA

Acusados tiveram prisão decretada pela Justiça Federal de Itaituba. Ibama diz que quadrilha foi responsáveis por desmatamento recorde.


Ezequiel Castanha tem R$ 30 milhões em multas por crime ambiental, segundo Ibama (Foto: Reprodução/ Globo Rural)
Ezequiel Castanha tem R$ 30 milhões em multas
por crime ambiental, segundo Ibama
(Foto: Reprodução/ Globo Rural)
A Polícia Federal do Pará faz buscas para localizar seis pessoas que teriam envolvimento com crimes ambientais na região sudeste do estado. Entre os suspeitos está o empresário Ezequiel Antônio Castanha, proprietário de um comércio em Novo Progresso. De acordo com o Ibama, ele tem multas que somam R$ 30 milhões e seria um dos articuladores do esquema criminoso que invadia e desmatava terras públicas em áreas de preservação. Castanha e os demais suspeitos tiveram mandado de prisão expedidos pela Justiça Federal de Itaituba, e são considerados foragidos. Em entrevista ao Globo Rural em junho de 2014, o empresário disse que o desmatamento aconteceria "naturalmente".

Os crimes foram investigados pela Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF), Receita Federal e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) durante a operação Castanheira, realizada na última quarta-feira (27) nos estados do Pará, Mato Grosso, Paraná e São Paulo. Oito pessoas foram presas, sendo seis no Pará, uma em Mato Grosso e uma em São Paulo. Além das prisões, foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão e quatro conduções coercitivas
Os seis suspeitos presos no Pará foram levados para Belém, onde aguardam o término das investigações. De acordo com a Polícia Federal, uma mulher está custodiada no Centro de Recuperação Feminino, quatro suspeitos foram levados para o Centro de Recuperação do Coqueiro e o último dos detentos está preso no corpo de bombeiros - ele foi beneficiado com prisão especial por ser advogado. Os suspeitos presos no Mato Grosso e em São Paulo estão custodiados nos respectivos estados. 
Entenda o caso
Segundo o MPF, a quadrilha invadia áreas públicas protegidas, como a Floresta Nacional Jiamanxim, faziam queimadas para a formação de pastos. Posteriormente, a área era loteada e revendida a produtores e agropecuaristas (veja vídeo ao lado). Perícias apontam que dano ambiental no município ultrapassa R$ 500 milhões. Caso sejam condenados, os acusados podem cumprir penas de até 56 anos de prisão por crimes ambientais, falsidade ideológica, furto e falsificação de documentos.

De acordo com o diretor do setor de Proteção Ambiental do Ibama, Luciano de Meneses Evaristo, a quadrilha teria sido responsável pelo maior desmatamento da Amazônia de todos os tempos.
Fonte: G1 PA

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