Quando começou a administração da prefeita
Eliene Nunes, jamais se imaginaria que ela fosse ter tantos problemas com a
secretária de educação. Afinal, a prefeita é professora concursada do
município, tem uma longa experiência na profissão, conhece pessoalmente a
grande maioria dos professores, pois foram seus colegas de trabalho, e além de
todos esses predicados, a prefeita projetou-se para a política através da SEMED.
Tudo fazia crer que a educação seria o carro
chefe do seu governo, mas na pratica a situação está completamente adversa,
pois a prefeita já entrou no terceiro ano de mandato e a máquina da educação
ainda não engrenou.
A SEMED fechou 2014 sob críticas
generalizadas por causa da falta de merenda nas escolas, e o ano letivo de 2015
mal começou e já estão surgindo denuncias de falta de alguns itens da merenda
escolar no cardápio que é servido aos alunos.
É inacreditável, mas não dá para imaginar
outra coisa, que não seja a falta de controle da secretaria neste setor, e essa
questão da merenda desencadeia uma serie de outros problemas. Os números da
evasão escolar e da reprovação de alunos em 2014 ainda não foram totalizados,
mas pela amostragem inicial, não é nada animador para um governo exercido por
uma professora.
Outro dado alarmante vem do censo escolar. A
cada ano vem diminuindo o número de alunos que procuram as escolas do município.
Em dez anos a queda chega perto dos 20%.
Somente nos últimos três anos, o município
perdeu mais de dois mil alunos; isso pode ser um indicativo de que o modelo de
ensino que está sendo aplicado em sala de aula precisa ser revisto para tornar
a escola mais atrativa para o aluno.
Somando-se a todos esses problemas, tem ainda
a campanha salarial dos professores. O sindicato da categoria chegou a anunciar
greve, mas, recuou da decisão e concordou em voltar à mesa de negociação, agora,
diretamente com a prefeita e, para o bem da educação é bom que as duas partes
cheguem logo a um acordo e que os professores retornem às suas atividades
normais em sala de aula.
É esperar pra ver até onde vai o poder de
convencimento da prefeita, porque dinheiro para reajuste salarial a secretária
Uzalda Miranda já disse varias vezes que não tem.
Diante de tudo o que já foi dito sobre
receita e despesa da SEMED, se a prefeita, num ato de generosidade política
conceder algum tipo de reajuste, a secretária e toda sua equipe ficarão
desprestigiadas diante da categoria.
Resta aguardar pra ver qual vai ser o
desfecho dessa negociação. É bom lembrar que 2015 é ano de IDEB, e o município
não tem apresentado bons resultados nas ultimas avaliações.
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