quinta-feira, março 12, 2015

Ambulantes tomam conta da orla

É quase um insulto à sociedade o que está acontecendo na frente da cidade. Construída para ser um cartão postal de Itaituba, a orla aos poucos está sendo invadida por bancas de vendas de comidas, de bebidas e de outras coisas mais, além de poluir a visão de quem quer contemplar o rio Tapajós nos finais de tarde. Essas banquinhas também atrapalham as pessoas que passaram a usar esse espaço da orla para as suas caminhadas diárias.
Mesmo considerando a necessidade de sobrevivência dessas pessoas, não para aceitar que a frente da cidade, onde está a única obra construída com base em consultas públicas feitas junto aos seguimentos organizados da sociedade, se transforme em mais uma feira livre.
Quem passa pela Getúlio Vargas próximo ao porto da balsa no final da tarde se depara com uma cena horrível: a fumaceira provocada pelos fogões acesos se espalha pelo local, exalando o cheiro de gordura queimada. É uma cena que não combina com a beleza do lugar e o mais incrível disso é que as autoridades governamentais não tomam nenhuma atitude para retirar esses quiosques ambulantes, ou mesmo impedir que eles continuem avançando pelo calçadão da orla, misturando-se com as palmeiras imperiais que ornamentam aquela parte da orla.
Assistindo a esse descaso, imagino a infinidade de pessoas que gostariam de morar numa cidade com a frente para um rio, e nós, itaitubense, temos esse privilegio de contar com essa vista maravilhosa do Tapajós, mas não valorizamos minimamente esse presente da natureza e, como a administração municipal não cuida desse patrimônio e os seguimentos organizados da sociedade nada cobram do governo, fica aberto o caminho para as ocupações irregulares dos poucos espaços públicos que a cidade tem, e a orla é um desses espaços que está sendo invadido, infelizmente!

Weliton Lima, jornalista, comentário veiculado no Focalizando, quinta-feira, 12/03/2015

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