terça-feira, novembro 03, 2015

Vazante do Tapajós na região sudoeste é a mais forte desde 2010

 O Rio Tapajós alcançou no final da tarde de hoje, seu segundo mais baixo nível desde o ano 2000, de acordo com os registros do observador pluviométrico Raimundo Nonato Figueira de Sousa, o Pezão.

Praia do Meio, com Miritituba ao fundo
Foto: JParente
A régua de medição estava às 17h00 de hoje em 1,78 m, contra 2,63 m na mesma data do ano passado, ano em que a menor medida do rio foi de 2,53 m.
Como se vê o barco da parte superior do hidroviário
Foto: JParente

Do ano 2000 para cá, somente na estiagem de 2010 o rio esteve mais baixo, tendo atingido a cota de 1,32 m, estando portanto, hoje, 46 centímetros acima da menor medição daquele ano.

Em relação ao ano passado, a vazante de 2015 está 85 centímetros mais baixo do que em 3 de novembro de 2014.

Ano passado o nível do Tapajós começou a subir no dia 6 de novembro.

Já no ano de 2010, ano da maior vazante deste século, o rio começou a subir seu nível no dia 23 de outubro.

Barcos tem que dar uma grande volta para atracar e barcaças encalharam
Uma das consequências do baixo nível das águas do Rio Tapajós é a dificuldade para a navegação.

Carros, a balsa e barcos no mesmo espaço
Foto: JParente
Os barcos que fazem a linha entre Itaituba e Santarém, quando chegam à frente da cidade de Itaituba não tem condições de atravessar o rio direto para o terminal hidroviário, porque os bancos de areia não permitem, sob pena de ficarem encalhados.

Por isso, precisam dar uma enorme volta até próximo ao 53º BIS para fazer o contorno em baixa velocidade, até chegarem ao local de atracação.

Praia do Sapo avança rio a dentro
Foto: JParente
Semana passada, algumas barcaças que transportavam grãos, descendo o rio, por falta de prática de seus tripulantes, encalharam a altura de Barreiras, conforme foi informado hoje ao blog.

Depois de muito trabalho elas conseguiram desencalhar para seguir viagem até Barcarena.


Ao fundo, portos da Bunge e da Hidrovias, com a praia avançando
Foto: JParente
Se o nível da água continuar baixando, a navegação do Tapajós vai ficar muito complicada.

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