quinta-feira, fevereiro 04, 2016

Helder quer fazer bondade com o ministério alheio

Enquanto  parlamentares mato-grossenses já discutem as prioridades que devem ser observadas pela empresa vencedora da licitação da BR-163, como a duplicação de alguns trechos da rodovia e a construção de viadutos, passarelas e ciclovias para minimizar o impacto do trânsito de carretas nos perímetros urbanos, o ministro dos Portos Helder Barbalho, quer fazer bondade política com o dinheiro alheio.
Ele está propondo ao seu colega do ministério dos Transportes incluir nesse processo de concessão, o trecho da rodovia que vai de Campo Verde até Santarém.
A intervenção do ministro Helder Barbalho atende à chiadeira do pessoal de Santarém, que não se conforma que a privatização da BR-163 seja somente até Miritituba.
Ocorre que essa é uma questão puramente comercial e independe da vontade do governo, pois o trecho da rodovia que vai passar a ser administrado pela iniciativa privada terá um movimento de veículos infinitamente maior que o trecho que está ficando de fora da licitação.
Outro detalhe que faz muita diferença nesse negocio é que com a privatização até o porto de Miritituba, o investimento inicial a ser feito pela empresa que ganhar a licitação será bem menor e o retorno desse investimento virá mais rapidamente.
Independente das lógicas do mercado, é natural e legitima a reação dos políticos Santarenos. O que me causou surpresa foi ver os nossos políticos engrossando esse coro em favor de Santarém, e falo isso sem nenhum sentimento de revanchismo, mas, nesse momento é bom lembrar que muitas das dificuldades que afligem a população de Itaituba, para serem resolvidas, dependem da boa vontade de autoridades de Santarém, e a solidariedade delas em relação aos nossos problemas não merece agora essa reciprocidade.
Quanto ao ministro Helder Barbalho, ele também poderia usar a influência do cargo para agilizar, por exemplo, a ampliação do aeroporto municipal de Itaituba, que volta e meia é fechado pela ANAC, por questões de segurança, ou ainda a construção do Campus da UFOPA, pois essas são obras que tem orçamento público e também são de extrema importância para o desenvolvimento regional.  

Jornalista Weliton Lima, comentário do Focalizando, quinta-feira, 04/02/2016

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