quinta-feira, outubro 23, 2014

Pegou mal, vereador Toínho

Não é de hoje que o vereador Toínho Piloto, correligionário da prefeita Eliene Nunes, se destaca quando sobe à tribuna.

Quando o presidente da sessão anuncia que Toínho vai falar, a turma da imprensa cochicha logo: lá vem bomba!

Na sessão de quarta-feira desta semana, não deu outra! Toínho foi à tribuna e sapecou mais algumas de suas pérolas.

"Só que eu queria contar uma história pro senhor, vossa excelência. O senhor se lembra do Adão, aquele do Adão e Eva? Vivia no Paraíso, uma tanquilidade. O senhor se lembra. Andava nu, botou nomes nos animais. Quando foi um dia, Jesus falou: esse cara tá muito tranquilo. Vou botar uma mulher na vida do cara; e botou. Acabou com a vida do cara, comeu a maça. Do mesmo jeito aconteceu com nós".

O texto em destaque na cor azul é uma reprodução literal das palavras do vereador. O destaque em vermelho eu fiz porque descobri através dessa fala do vereador, que Jesus de Nazaré já estava exercendo sua missão, no tempo de Adão e Eva. Ou não?

As mulheres que estavam na Câmara, incluindo as duas vereadoras da Casa, Maria Pretinha e Célia Martins, que são da base da prefeita Eliene Nunes, como ele, não acharam a menor graça da graça de Toínho Piloto, que ao tentar ser irônico, foi ofensivo.

Depois ele critica a imprensa, por divulgar suas bobagens.

Mudar, ou deixar tudo como está?

Mudar ou deixar tudo como está, esse é o dilema do eleitor que vai novamente às urnas neste domingo para eleger o governador do estado e presidente da Republica.
Para o eleitor menos esclarecido a propaganda política só serviu até agora para aumentar ainda mais a duvida na cabeça dos que ainda estão indecisos. Os adeptos do PT e do PMDB, que em nível nacional defendem a continuidade do governo, aqui no estado pregam a alternância de poder. Já os tucanos querem mudanças no governo federal, mas defendem a permanência do governado que está aí.
Diante dessa confusão, para o eleitor que até pouco tempo atrás clamava por mudança, mas ao ir às urnas manteve o conservadorismo, basta olhar o resultado do primeiro turno.  E como os partidos políticos cada vez mais estão parecidos uns com os outros, o eleitor acaba escolhendo os seus candidatos muito mais pela identificação pessoal do que por suas qualidades, experiências administrativas ou pela sigla partidária.
Outro ponto que pesa na hora de o eleitor decidir o seu é o receio de mudança naquilo que ele considera que vem dando certo. Talvez seja em razão disso, também, que as pesquisas eleitorais estejam mais uma vez na berlinda, pois o desejo de mudança do eleitor acaba refluindo no momento de digitar o numero dos candidatos na urna eletrônica.  
Seja qual for a mentalidade do eleitor, ou seu método de escolha de seus candidatos, o importante é que o voto seja consciente e no candidato que acredita ser o melhor para governar o estado ou o país pelos próximos quatro anos, e que Deus ilumine os eleitos para que eles possam governar atendendo aos interesse do povo e não aos seus próprios interesses.

Comentário do jornalista Weliton Lima, no Focalizando, 23/10/14

quarta-feira, outubro 22, 2014

Outubro Rosa


Soldado é baleado e um atirador é morto perto do Parlamento do Canadá

Um soldado canadense levou um tiro no memorial de guerra do Canadá em Ottawa, nas proximidades do Parlamento, onde mais tiros foram disparados, de acordo com a agência de notícias Reuters, que cita testemunhas e a polícia local nesta quarta-feira (22). Um atirador foi morto e outros possíveis envolvidos são procurados.


Segundo a TV canadense CBC, um suspeito foi morto dentro do prédio do Parlamento. Testemunhas disseram ter visto o homem que atirou no soldado correr para o local.
Entretanto, a polícia ainda realizava buscas por um ou mais suspeitos na área. Segundo a CNN, o capital Marc Soucy, da polícia de Ottawa, disse que as autoridades tentavam determinar se dois ou três atiradores estão envolvidos no ocorrido.

Sessão comício

Grande parte das falas dos vereadores na sessão de hoje foi dedicada à campanha política que termina domingo com a eleição no segundo turno.

Cada lado dourou a sua pílula, pois quem defende o 15 no Estado falou bem do seu candidato e pediu votos da Dilma. Já quem é 45 pediu que os presentes votassem no Aécio e em Jatene, com direito a algumas bobagens em alguns pronunciamentos.

Todos tem o direito de falar, mas, tem gente que agradaria muito se não abrisse a boca.


Na sessão de terça-feira que vem, um dos lados vai estar olhando de cabeça erguida, enquanto o outro vai estar cabisbaixo.

João Paulo diz que a SEMA não cumpriu o que prometeu quanto ao licenciamento dos portos graneleiros

Foto ilustrativa(JParente)
Bastante contundente em suas palavras, o vereador João Paulo (PT) disse que há um descompasso entre o atendimento das contrapartidas dos portos e o seu funcionamento.

O vereador petista lembrou do compromisso assumido, em Itaituba, pelo secretário José Colares, quando afirmou, alto e bom som, que a Secretaria de Estado de Meio Ambiente condicionaria a liberação das licenças estaduais, ao cumprimento das contrapartidas por parte das empresas donas de portos de transbordo de grãos.

Quase nada do que foi acordado pelas empresas com o município foi cumprido até agora, mas, a SEMA concedeu todas as licenças que foram solicitadas. Logo, José Colares disse uma coisa e fez outra completamente diferente.


Os vereadores da base da prefeita evitam tocar nesse assunto.

Peninha e João Paulo cobram cumprimento da lei por parte da prefeitura, no loteamento Campo Belo

Ver. João Paulo (Foto: JParente)
“Se é para não cumprir as leis que aprovamos, não há razão para a Câmara existir” (João Paulo)


Mais incisivo do que o habitual, o vereador João Paulo (PT), referindo-se ao não cumprimento da legislação municipal por parte do loteamento Campo Belo, falou sobre problemas que sabe existirem, como o aterramento de lagoas.

Ver. Peninha (Foto: JParente)
Mesmo assim, disse ele, o secretário de Estado José Colares (SEMA) concedeu a licença e a prefeitura baixou decreto autorizando a venda dos lotes. Assim sendo, ambos tem responsabilidade no caso.

Já o vereador Peninha cobrou apenas da prefeitura o não cumprimento do citado decreto.


Peninha, que é amigo Pessoal de Colares, tanto ontem quanto hoje evitou qualquer tipo de referência à autorização da SEMA. 

Outubro Rosa

Walison Marcelo, da secretaria de saúde,  usa a tribuna da Câmara, neste momento.

Ele fala sobre a programação do mês Outubro Rosa, quando se combate o câncer de mama

Vai havser uma caminhada no dia 31 deste mês.

Licença de Diomar termina terça-feira

A licença de 25 dias solicitada pelo vereador Diomar Figueira, expirará na próxima terça-feira. 

Como ele está convalescendo de uma delicada cirurgia,  a licença poderá ser renovada.

Ao completar 30 dias, automaticamente, o suplente Rony Freitas poderá pedir que ocupe a cadeira de Diomar enquanto ele estiver de licença, sem nenhum prejuízo político para o titular do cargo.

O vereador Dadinho, do mesmo partido de Diomar, disse, hoje, que seu colega do PROS estará de volta à Casa de Leis na próxima terça-feira. Entretanto, isso vai depender do que os médicos tiverem recomendado a ele, uma vez que ele foi operado sexta-feira passada.

É muito pouco tempo de convalescênça para um problema tão sério.

Isaac quer a suspensão da venda dos lotes do loteamento Campo Belo

O vereador Isaac Dias disse ontem, que vai apresentar um requerimento para o qual pediu apoio dos demais colegas, solicitando que a Prefeitura suspenda, imediatamente, a venda de lotes do loteamento Campo Belo.

Ele pede que sejam convidados representantes da empresa responsável, e da Prefeitura, para explicar porque as vendas foram iniciadas sem que a infraestrutura do local estivesse pronta.

O edil entende que do jeito que começou, vão surgir muitos problemas que terminarão chegado à Casa de Leis quando talvez já seja tarde demais.

O requerimento deverá ser aprovado na sessão de hoje.

Peninha dá um ralho em Célia e diz que vai para o ataque

Era para ter sido na sessão anterior, mas, a vereadora ausentou-se alegando um compromisso inadiável. Mas, ontem não teve jeito. O vereador Peninha fez um discurso direcionado para a vereadora Célia Martins, que tem sido implacável nas críticas a ele direcionadas.

Peninha pediu que sua colega de parlamento use seu tempo na tribuna para defender a administração municipal, da qual faz parte da base de apoio. Ele vociferou contra as críticas pessoais da vereadora contra ele.

"Vereadora Célia, eu peço que a senhora, quando usar a tribuna, se limite a defender o governo do município, em vez de ficar me insultando.

Se a senhora continuar agindo dessa maneira, eu serei obrigado a fazer críticas pessoais contra a senhora.

A senhora me chamou de covarde. Se alguém aqui é covarde é a senhora, que se elegeu com o apoio do ex-prefeito Valmir Climaco e depois, além de trocar de lado, ainda o critica", afirmou o vereador.

Quando usou a tribuna, Célia se defendeu, dizendo que nunca falou mal de Valmir e ainda falou que Peninha ofende as mulheres, coisa na qual ela tem insistido, mas, sem respaldo.

Não se sabe, até hoje, se Célia foi escalada pela base do governo, com orientação para tripudiar Peninha, ou se é por iniciativa própria. Ela sempre fala imediatamente após o vereador do PMDB, rebatendo sua fala e fazendo críticas a ele.

terça-feira, outubro 21, 2014

O Eudes morreu

Na sessão de humor do Jornal do Comércio, de vez em quando eu publico alguns causos do rádio, do futebol ou da política. Nesta edição eu conto um fato que aconteceu em 1988, com o apresentador Edivaldo Sousa, o João Carimbó, na Rádio Itaituba, hoje, Rádio Tapajoara.

Aproveito para colocar também uma piada que está nesta edição, de autoria de Chico Anísio, que ele colocou em um Long Play, o antigo LP, dos tempos do vinil, do ano de 1975.
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O Eudes morreu
- Edivaldo Sousa, que nos tempos de Rádio Itaituba atendia pelo pseudônimo de João Carimbó, apresentava um programa que começa às seis da manhã.
- Alegre, irreverente, com boa capacidade de improviso, ele dava uma audiência muito boa porque seu estilo agradava quem ouvia.
- Seu maior patrocinador era a banca de jogo do bicho Vitória Régia, cujo dono chamava-se Eudes. Isso mesmo, naquele tempo (1998) a coisa corria solta e isso acontecia.
- No dia 23 de junho daquele ano, João Carimbó apresentava normalmente seu programa, quando de repente ele mudou o tom da voz na volta, depois de uma música que acabara de tocar.
- Disse: Minha gente, eu acabo de receber uma notícia muito triste. Meu patrocinador Eudes acaba de falecer. Eu não tenho condições de continuar apresentando o programa, pois ele era meu amigo. Que Deus tenha sua alma em bom lugar.
- Quem estava ouvindo, mesmo que não conhecesse o Eudes, ficou consternado, pois o apresentador disse que o susto tinha sido maior, porque o Eudes nem estava doente.
- Passados mais ou menos cinco minutos, volta João Carimbó com a voz bem mais animada para comunicar:
- Olá, minha gente! Eu voltei para dizer que eu me enganei. O Eudes está vivinho da Silva. Acabei de falar com ele pelo telefone, que me falou que não tem nem dor de cabeça. Quem morreu foi o Leandro, da dupla Leandro e Leonardo.
- Em tempo: o cantor estava doente e muito mal, sem esperança de se recuperar.
- Foi assim que Edivaldo Sousa entrou para o folclore do Rádio da região.
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Eu estava brincando
- Certo dia, Deus resolveu que deveria dar uma volta pela Terra para ver como andavam as coisas no planeta. Ele chamou São Pedro para acompanha-lo.
- Foram primeiro à Rússia, onde viram milhares e milhares de pessoas trabalhando em campos de trigo.
- O que é isso Pedro, perguntou Ele.
- Esse povo está ganhando o pão com o suor do rosto, como o Senhor mandou, respondeu Pedro.
- Mas, eles estão exagerando! Não precisava tudo isso!
- Próxima parada: Detroit, anos 80, época em que a indústria automobilística americana estava no auge, trabalhando em turnos de 24 por 24 horas.
- O que é isso, Pedro?
- Senhor, esse povo também está ganhando o pão como suor do rosto, como o Senhor mandou.
- Mas não precisava exagerar desse jeito. Eu estava brincando.
- Última parada: Brasil, domingo de carnaval, Rio de Janeiro, Marquês de Sapucaí, no momento em que as escolas de samba desfilavam.
- Pedro, você consegue me explicar o que é isso, perguntou o Todo Poderoso.

- Deus, esse é o único povo que achou que o Senhor estava brincado.

Dr. Leonard: foi só o meu começo na política

O médico Leonard Cabral fez sua primeira incursão na política, concorrendo ao cargo de deputado estadual pelo PSB. Obteve 7.799 votos, dos quais, 4.565 somente em Itaituba. Essa votação não foi suficiente para que ele se elegesse. Mas, como ele disse na conversa que manteve com a reportagem do Jornal do Comércio, foi só o começo de sua carreira como político.
JC – Como o senhor está se sentindo após o resultado da eleição?
Leonard – De acordo com a conjuntura política de Itaituba e da região eu saí muito satisfeito com o resultado da eleição para deputado estadual, porque eu sou um jovem que saiu pela primeira vez para disputar um cargo público. Tirar quase cinco mil votos dentro do meu município dá uma grande satisfação, porque foram votos conquistados. Não houve nada além da conquista de votos.
            Dentro do município a gente não teve apoio de nenhuma liderança expressiva. Nenhum vereador, nenhum presidente de bairro, nenhuma liderança comunitária. Isso é legal porque mostra a credibilidade do nome. Por isso, eu saio dessa eleição muito feliz e agradecendo ao povo de Itaituba por essa votação.
JC – O fato de ter vivido tantos anos fora do município, no Rio, onde o senhor estudou, tendo voltado, pode-se dizer, há pouco tempo, pode ter atrapalhado um pouco?
Leonard – É possível que essa ausência prolongada tenha contribuído um pouco. Eu voltei para Itaituba somente há quatro anos, e ter tirado uma votação dessa eu considero como uma vitória, porque a gente sabe que muitos candidatos veteranos não conseguem essa soma de votos.
JC – Havia expectativa de uma votação maior, mas, o senhor teve forte concorrência até dentro do próprio PSB, através de uma candidata de fora, Josy Amaral, que investiu muito. O que houve nesse sentido?
Leonard – Isso é verdade. Na política a gente precisa ganhar experiência. Quando eu me lancei candidato, nosso presidente regional me passou cerca de dez comissões provisórias. Eu trabalhei de maneira honesta com as pessoas que assumiram essas comissões provisórias, deixando-as à vontade para trabalhar. Todas elas prometeram me apoiar. Só que, a partir do momento que você deixa as pessoas à vontade e não coloca gente de sua confiança, você corre esse risco, e isso serviu como aprendizado.
Dessas dez comissões, somente três mantiveram o compromisso, que foram Aveiro, Trairão e Itaituba, onde eu obtive minhas maiores votações. O restante decidiu seguir a candidata do meu partido (Josy) por questões financeiras. Mas, isso serviu como aprendizado para nossa próxima candidatura. Além do mais, nós fizemos uma campanha pé do chão, eu, meu pai, minha mãe, minha irmã e minha esposa, no contato direto com o eleitor. Não usamos a estrutura do hospital para tentar conquistar votos.
JC – Em quantos municípios o senhor fez campanha?
Leonard – Eu andei em onze municípios, sendo que com maior intensidade em Itaituba, onde a gente recebeu o maior número de votos, em uma campanha na qual enfrentamos dificuldades estruturais, dificuldades financeiras, pois manter uma candidatura para deputado estadual não é fácil. Trabalhamos, basicamente com recursos próprios. Eu trabalhei no meu consultório durante a campanha inteira, e isso dificultou um pouco nossas andanças pela região.
JC – Em lugares distantes como Itaituba, ainda acontece muito o assistencialismo e outras práticas ilegais de captação de votos?
Leonard – Sim. É até interessante você tocar nesse ponto. A gente não tem como provar, porque, tanto quem compra, quanto quem negocia o voto não vai se autodenunciar, mas, é impressionante como isso ainda continua sendo feito na nossa região. Eu acho que isso merece uma fiscalização melhor e mais intensa. Sei que o número de pessoas responsáveis por esse trabalho é pequeno e que em pleitos municipais um candidato vigia o outro, mas, em uma eleição estadual é mais complicado.
JC – Depois dessa experiência, vai parar, ou vai continuar na política?
Leonard – Eu vou continuar, com certeza. Não vou me afastar da política. Isso foi apenas minha entrada na cena política. O que a gente precisa mais é de organização, coisa que faltou um pouco na minha campanha. Hoje eu tenho consciência de que precisamos de um melhor planejamento, pois temos interesse, sim, na política municipal e na regional. Precisamos eleger mais vereadores e eu considero esse o principal ponto, e a gente, a partir de janeiro vai trabalhar pra isso acontecer.


Matéria veiculada na edição 188 do Jornal do Comércio

Maioria das crianças considera políticos uma farsa

Marilene Parente - Mesmo em tempos modernos, nós adultos costumamos tratar as crianças como se fossem todas incapazes mentais sem condições de discernimento sobre diversos assuntos. Esquecemo-nos que elas são, em muitos casos, caixas de ressonância da gente. Elas prestam mais atenção do que a maioria de nós imagina. Dependendo do meio onde elas crescem, podem se interessar até por assuntos que nos surpreendem, como a política. E é disso que vou tratar neste artigo.
A desconfiança com a política é um sentimento muito presente entre as crianças. Segundo a "Conicktados", pesquisa feita pelo canal infantil de televisão por assinatura Nickelodeon (do grupo Viacom Brasil) com o instituto QualiBest, o pensamento de que os políticos seriam uma farsa atinge cerca de dois terços das 120 crianças participantes do levantamento. Entre os entrevistados estão crianças de São Paulo e Rio de Janeiro, com idades entre sete e 12 anos, das classes A, B e C.
A menina Larissa, de 10 anos, aluna da escola municipal Amorim Lima, de São Paulo, é um exemplo dessa amostragem. "Tem umas coisas que os candidatos falam que não têm noção. O país tá precisando de água, de comida. De que adianta ficar falando de cachorro?", disse ela. A crítica dela é uma referência a candidatos a deputado que aparecem no horário eleitoral falando de proteção aos animais como principal proposta.
A visão das crianças sobre a política não deixa de ser um reflexo do sentimento dos pais sobre o tema. A gente vê que tem um efeito que é o das conversas dos pais. Os votos acabam sendo parecidos, as falas acabam sendo parecidas. É uma reprodução, mas nessa ocasião as crianças podem refletir sobre essas coisas, o que, em outros momentos, não teriam chance. É comum ouvir crianças dizendo que seus pais falam que não sabem em quem votar porque são todos ruins.
As crianças chegam a questionar o sistema político. Outro dia prestei atenção quando uma criança estava dizendo que não confia no sistema democrático porque só as pessoas do governo sabem o que acontece. Por ouvir os pais falarem sobre isso, ela disse até que cogitava uma volta do militarismo. Cruz cedo!
Para a doutora e professora da Faculdade de Educação da USP Silvia Colello, esse tipo de fala reflete a insatisfação do que a criança vê como democracia em seu cotidiano. "Ela está se remetendo a problemas como corrupção, mensalão. A democracia tem como princípio ser transparente. A voz que ela emite é da democracia roubada, da democracia corroída", explica a pedagoga. "Ela está representando uma corrente que está desencantada."
Apesar de descrentes sobre alguns políticos, as crianças são favoráveis a votar. Acham importante votar porque a gente pode eleger o presidente que a gente quer, costumam dizer àquelas crianças que vivem em lares onde os pais discutem política com frequência.
Acho que a sociedade em geral tem uma visão de que criança não entende um tanto de coisas e que, por isso, não pode participar desse tanto de coisas. Uma dessas coisas é política. Na hora em que isso começar a acontecer, na hora em que a sociedade e as famílias começarem a escutar mais as crianças, a participação política vai ser natural.
Em uma pesquisa recente feita sobre o tema, cerca de 60% das crianças afirmaram que gostariam de participar da cena política, dando sua opinião. Outros 40% creem que ainda são muito novas ou que não têm opinião para contribuir.
Existe uma necessidade de rever o papel que as crianças têm na sociedade. A gente tem de pensar que essas crianças todas vão crescer e que o futuro estará na mão delas. Quanto mais cedo a gente conseguir colocar essas crianças em uma situação de vantagem para pensar sobre si mesmas, para pensar sobre as cidades, sobre seu país, mais chance temos de ter um país mais legal daqui a uns anos.
A escola não deveria perder a oportunidade de trazer um grande acontecimento à baila cada vez que um deles acontece. A criança não é passiva diante do mundo. A criança vai aprendendo com os acontecimentos do mundo.

Artigo publicado na edição 188 de Jornal do Comércio, de Marilene Parente

Quem ganhou e quem perdeu em Itaituba

              Quem ganhou e quem perdeu em Itaituba nessa eleição? Até que ponto o resultado da eleição de 5 de outubro passado vai ter influência na disputa municipal de 2016? As juras de compromisso para o pleito que vai acontecer daqui a dois anos serão cumpridas, ou os interesses individuais falarão mais alto, como costuma acontecer?
            Entre todas, a única pergunta cuja resposta está ao alcance da vista é a primeira, pois isso está tão claro como um dia de verão. Os grandes vencedores, em nível local, foram o deputado Hilton Aguiar e o ex-prefeito Valmir Climaco. Chapadinha, que teve uma grande votação para deputado federal, não é de Itaituba, embora a partir de agora, no exercício do mandato deva fincar os pés por aqui.
            Em situações bem diferentes, os grandes derrotados foram a prefeita Eliene Nunes e o deputado federal Dudimar Paxiúba. A diferença fundamental entre os dois reside no fato de Eliene ser a chefe do Poder Executivo, o que lhe dá enormes possibilidades de amealhar votos para seus candidatos pelos diversos meios que o cargo lhe oferece. Quanto ao deputado federal Dudimar Paxiúba, ele conduziu uma campanha modesta, além de não ter conseguido
se destacar como um deputado realmente da região Oeste do Pará. O resultado foi o malogro de sua tentativa de renovar o mandato, obtendo uma votação muito aquém da esperada.
            A segunda pergunta, até que ponto o resultado da eleição de 5 de outubro passado vai ter influência na disputa municipal de 2016 é mais complicada. Não há como responder com segurança. O máximo que se pode fazer é um exercício de futurologia. Como isso é algo comum na atividade política, assim como no esporte, vamos conjecturar.
            Suponha-se que a aliança entre o deputado Hilton Aguiar, agora com o reforço do deputado federal eleito Chapinha, e o ex-prefeito Valmir Climaco seja mantida até a eleição de 2016. Se isso acontecer, esse grupo chegará muito, mas, muito forte para disputar a prefeitura de Itaituba. Hoje, o candidato natural seria Valmir. E deverá ser, se não houver nenhum impedimento legal.
            Inegavelmente, Hilton saiu muito fortalecido da eleição. Não estaria ele pensando em voo próprio? Se passar isso por sua cabeça, e se ele levar a ideia adiante, a consequência imediata disso será um rompimento da aliança que só não deu certo em 2012 porque Valmir não se elegeu; mas cada caso é um caso e o que valeu para 2012 pode não valer para 2016.
            No que diz respeito à prefeita Eliene Nunes, não pode haver rompimento em curto ou médio prazo, porque hoje ela não comanda um grupo político, uma vez que a relação que ela mantém com os vereadores de sua base na Câmara se dá muito mais por conveniência dos dois lados, do que por qualquer outro motivo. Eliene não manteve o grupo que a elegeu e não teve jogo de cintura para formar um novo grupo. Além do mais, ela precisa encontrar seu norte político, para tentar melhorar sua imagem que continua muito desgastada.
            A terceira pergunta, as juras de compromisso para o pleito que vai acontecer daqui a dois anos serão cumpridas, ou os interesses individuais falarão mais alto, como costuma acontecer, já foi parcialmente respondida, mas, cabem alguns adendos, pois, quem é que pode garantir que a eleição de 2016 vai ter apenas esses nomes citados? Existem especulações sobre alguns nomes de jovens que estariam determinados a enfrentar o desafio de disputar a prefeitura de Itaituba. Isso poderá dar um molho especial à eleição.
            Tudo isso independe do resultado do segundo turno, pois governador do estado interfere muito pouco na decisão do eleitor, quando se trata de eleição municipal. Ainda mais em se tratando de Itaituba, que fica a uma distância de 890 km da capital do estado, sempre esquecida. Simão Jatene, por exemplo, nesse atual governo, visitou Itaituba uma única vez, e ainda durante a campanha eleitoral.
            Uma coisa é certa: quando terminarem as comemorações após o segundo turno da eleição para governador e para presidente, começarão inevitavelmente as conversas a respeito da eleição municipal que acontecerá dentro de dois anos.

Muitas das coisas que são verdades absolutas no cenário político atual poderão estar mudadas, pois a política é uma atividade dinâmica. Nós, humildes mortais, teremos que tocar a nossa vida no dia a dia, enquanto os políticos continuarão a comandar os nossos destinos, sem que na maioria das vezes saibamos o que, e como estão fazendo. Como disse Otto Von Bismarck, os cidadãos não poderiam dormir tranquilos se soubessem como são feitas as salsichas e as leis.

Artigo do editor responsável do Jornal do Comércio, jornalista Jota Parente, veiculado na edição 188

Hilton falou de sua votação e diz que Valmir será seu candidato a prefeito

Matéria veiculada na edição 188 do Jornal do Comércio

Foto: JParente
            A reeleição do deputado estadual Hilton Aguiar (SD), foi mais fácil do que muitos imaginavam. Quando ele trocou o PSC pelo Solidariedade, houve questionamentos sobre o que o futuro lhe reservaria. E depois que saiu a coligação da qual Hilton fez parte, os rumores a respeito das dificuldades de ele alcançar os votos necessários para manter sua cadeira na ALEPA haviam crescido bastante. No final, foram mais de quarenta mil votos. Só em Itaituba foram quase dezenove mil. Ele conversou com a reportagem do JC.
JC – Essa grande votação, tanto em Itaituba, como no Estado, lhe surpreendeu, ou está dentro da expectativa?
Dep. HA Na verdade eu esperava mais, pelo trabalho feito em todo o Estado. Em Santarém, por exemplo, eu esperava ao menos dez mil votos. Mas, no final saiu uma votação que nos deixou felizes pelo resultado obtido, pois foram mais de quarenta mil votos. Eu andei muito pelo nosso Estado, fiz vários grupos políticos e é natural que alguns falharam. Mas, política é isso, é conquista e você não conquista as pessoas de uma hora para outra. Em Itaituba a gente participou de três eleições para deputado estadual e essa foi a única em que conseguimos chegar a esse patamar.
Isso significa que você só colhe o que planta. Eu acredito que as obras que nós trouxemos para Itaituba através do governador Simão Jatene mexeram com os sentimentos das pessoas. Poucas foram as obras feitas com minhas emendas. As obras vieram direto do governo do Estado através do nosso pedido, e o povo entendeu isso. Veja o caso do Hospital Regional. É uma obra do governador, mas, se não fosse por nossa insistência, talvez não tivesse vindo para cá.
JC – Santarém não correspondeu. E Itaituba?
Dep. HA – Itaituba correspondeu plenamente. Chegamos a ter 54% nas pesquisas, depois baixou um pouco, o que é normal, até chegar nesse índice da votação. Porém, a minha responsabilidade para com este município mais que triplicou. O povo confiou em mim e eu não posso decepcioná-lo. Especialmente em um momento em que a população do país está muito decepcionada com os políticos, por pausa de tantos escândalos, não acreditando mais em ninguém, achando que todos os políticos são iguais, esse voto de confiança é muito gratificante.
Nossa cidade está muito maltratada, e a gente precisa trabalhar para resolver muitos dos nossos problemas, precisamos trazer a UEPA para Itaituba para atender a região, precisamos resolver o problema do Mercado Municipal, precisamos que o governo do Estado construa uma penitenciária agrícola fora da sede do município para tirar o presídio do centro da cidade. Não podemos esquecer que temos que construir um estádio municipal, que é um compromisso do governador e deste deputado. Enfim, tem muita coisa para ser feita em nossa cidade.

Prefeita envia Projeto de Lei para Câmara para firmar convênio com CDL

A Prefeita Municipal de Itaituba, Eliene Nunes encaminhou a Câmara Municipal Projeto de Lei nº 047/2014, pedindo autorização dos vereadores para o Poder Executivo firmar convênio com o CDL-Câmara de Dirigentes Lojistas para a inscrição dos débitos tributários e não tributários inscritos em divida ativa no sistema SERASA. Na mensagem, justificando o projeto, a prefeita acusa os moradores de Itaituba de sonegação com IPTU. Diz a mensagem, assinada pela prefeita, Eliene Nunes, que 80º dos contribuintes estão inadimplentes com o município, no caso do Imposto Predial e Territorial Urbano-IPTU.

Considera a prefeita Eliene Nunes  que este elevado índice de inadimplência  prejudica a arrecadação municipal e consequentemente a  manutenção da maquina pública. Este convênio com o CDL visa promover o cadastramento de contribuintes em situação de inadimplência, com o objetivo de incentivar a quitação ou negociação de seus débitos. Em outras palavras, quem não pagar o IPTU vai ter seu nome na lista do SPC, SERASA e até ser executado judicialmente. Agora, o projeto está tramitando na Comissão de Finanças e Orçamento para analise e parecer.

Fonte: Blog do Peninha

Hilton e Valmir saíram mais fortalecidos

 Foi muito fraca a votação dos candidatos diretamente apoiados pela prefeita Eliene Nunes, tanto para a Assembleia Legislativa, quanto para a Câmara Federal. Júnior Ferrari, do mesmo partido da prefeita, teve apenas 1.728 votos, enquanto Joaquim Passarinho, também do PSD obteve minguados 719.
            Isso significa que os trabalhos que estão sendo feitos na recuperação de ruas de Itaituba, com pavimentação de diversas vias deu bom resultado para o governador Simão Jatene, que estava muito mal antes disso, e que melhorou seu conceito junto ao eleitorado itaitubense com o resultado dos trabalhos.
Júnior Ferrari andou por aqui, Joaquim Passarinho também. Ambos, de alguma maneira contribuíram para que o programa Asfalto na Cidade, do governo do Estado saísse do papel. Os dois vieram dizer isso, na esperança de que o eleitor de Itaituba lhes agradecesse com boa votação. Mas, não deu.
            Apesar de Jatene ter vencido em Itaituba, embora por estreita margem de votos, para o Senado, Paulo Rocha do PT, aliado de Helder, deu um banho nos candidatos do governador, e por conseguinte, de Eliene, com mais do dobro dos votos do segundo colocado aqui, Mário Couto. Entretanto, seria injusto atribuir a ela a baixa votação do senador, pois ele perdeu em todo o Estado, por causa de seu comportamento no desempenho do mandato nesses quase oito anos.
            Eliene não conseguiu colar em si as ações do governo do Estado, mesmo havendo parceria da prefeitura. Resta a ela tentar mostrar mais serviço para o segundo turno.
            A prefeita de Itaituba sai do primeiro turno com um passivo político muito elevado e, certamente terá dificuldades para explicar para a turma de cima porque isso aconteceu.
            Hilton e Valmir saem fortalecidos, mas, Valmir desagradou Priante e a cúpula do PMDB.
            As urnas não mentem, e o resultado da eleição de 5 de outubro foi amplamente fortalecedor para dois políticos de Itaituba, que saíram fortalecidos de processo eleitoral do primeiro turno.
            O primeiro é o próprio deputado Hilton Aguiar, reeleito para a ALEPA com mais de quarenta mil votos. O segundo é o ex-prefeito Valmir Climaco, que desafiou o alto comando do PMDB ao pedir votos para Hilton de ponta a ponta do município de Itaituba.
            Entretanto, há uma consideração a ser feita a respeito do comportamento de Valmir no que tange à eleição para deputado federal. Como Hilton pediu votos para seu irmão Chapadinha em todos os comícios e reuniões, o candidato de Valmir para a Câmara Federal, José Priante, ficou em segundo plano.
            Durante o primeiro turno, por mais de uma vez, o blog do Jota Parente e o Jornal do Comércio foram informados da insatisfação de Priante com Valmir. No final, Priante teve menos de três mil votos aqui. 2.931 para ser exato. Nem Priante, nem a cúpula do PMDB em Belém gostaram da atuação de Valmir.
            Resta esperar o que vai acontecer no segundo turno para o governo do estado para ver como vai ficar essa relação política entre o deputado estadual Hilton Aguiar e o ex-prefeito Valmir Climaco. Hilton pede votos para Jatene se reeleger, enquanto Valmir puxa a campanha de Helder. Dois dias depois de realizado o primeiro turno, o ex-prefeito já estava em ação, realizando uma reunião com a equipe que apoia Helder.
            Uma coisa é certa: a campanha no segundo turno não deve arranhar a união de Valmir e Hilton. O tom da condução das duas campanhas, pelo menos na parte que compete aos dois vai ser bem mais ameno do que no restante do estado do Pará.
            A pergunta que fica é: depois que a eleição passar, ganhe quem ganhar, com a expressiva votação que teve, tanto em Itaituba, como no Estado, qual será o comportamento de Hilton na eleição para prefeito em 2016? Vai fazer voo solo, ou vai apoiar Valmir? Hilton afirma que nada mudará. Disse para a reportagem do JC, que a campanha em favor de Valmir para prefeito, para ele, já começa quando terminar a eleição.
            Só o tempo dirá.


Matéria veiculada no Jornal do Comércio, edição 188

Chapadinha diz que vai ser deputado, também de Itaituba

Francisco Alves de Aguiar, o Chapadinha, irmão do vereador Nicodemos Alves de Aguiar e do deputado estadual reeleito, Hilton Alves de Aguiar, acaba de se eleger deputado federal pelo PSD, em sua primeira tentativa como candidato a algum cargo eletivo. Até agora seu envolvimento foi sempre voltado para ajudar os irmãos e outros candidatos a se elegerem.
            Eleito o único deputado federal incluindo todos os municípios da Calha Norte do Estado (Almerim, Prainha, Monte Alegre, Alenquer, Curuá, Óbidos, Oriximiná, Faro e Terra Santa) e do Tapajós (Santarém, Belterra, Mojuí dos Campos, Aveiro, Rurópolis, Itaituba, Trairão, Novo Progresso e Jacareacanga), Chapadinha sabe que pesa sobre seus ombros uma enorme responsabilidade de representar toda essa imensa área do estado. Ele conversou com a reportagem depois da carreata da vitória, realizada terça-feira, 07/10.
JC – Causou alguma surpresa para o senhor, o fato de ter sido o único eleito para o cargo de deputado federal em toda esta região?
Chapadinha – De certa forma sim. Mas, eu não gostaria que fosse assim. Seria bom que mais candidatos tivessem sido eleitos para que a gente tivesse mais força em Brasília, porque embora eu vá me esforçar bastante para atender às demandas da região, e por mais que eu me dedique, pelo fato de ser apenas um, vai sempre ficar faltando coisas para serem feitas.
Lamento muito, por exemplo, o deputado Nélio Aguiar não ter chegado ao cargo de deputado federal, precisando de tão poucos votos. Tenho certeza de que ele seria um grande representante desta região na Câmara Federal, e juntos a gente poderia conseguir mais coisas para os nossos municípios.
Eu já vinha trabalhando há uns cinco meses, andando por diversos municípios do estado do Pará e pelo trabalho feito eu esperava ser eleito. Em campanhas passadas eu ajudei diversos políticos, incluindo meus irmãos Hilton Aguiar, que já era deputado federal e Nicodemos Aguiar, vereador. Nessa eleição a gente entendeu que tinha chegado a hora de colocar nosso nome à disposição do nosso povo.
JC – O senhor contou com apoio de políticos na campanha?
Chapadinha – Eu não tive apoio de nenhum vereador, nem de prefeito algum. Muito menos de candidatos a deputado estadual que não fosse da minha família. Eles não acreditaram. Nesse aspecto, só não foi uma campanha solitária porque eu contei com o apoio dos meus amigos e da minha família, que entenderam e aceitaram as nossas propostas.
JC – Chegou a se comentar que o senhor poderia ser candidato a prefeito de Santarém, isso, muito antes de se lançar nessa campanha. Agora, eleito deputado federal, essa possibilidade aumenta, ou por enquanto isso não faz parte dos seus planos?
Chapadinha – Eu entendo que, se uma pessoa tem a intenção de disputar uma prefeitura, antes deve tentar se eleger ao menos ao cargo de deputado. Eu fui eleito para cumprir esse mandato, e é o que eu desejo fazer. Por enquanto eu garanto que isso não faz parte dos meus objetivos políticos de curto prazo. O futuro, Deus proverá.
JC – Apesar da euforia da vitória e do momento ser mais de comemoração, o senhor, que é um homem que trabalha em equipe, já está pensando em formar sua assessoria?
Chapadinha – É verdade, o momento ainda é de muita comemoração, mas, eu já estou preocupado com essa questão de montar uma assessoria competente para que o nosso trabalho em Brasília para render bons frutos. Minha ida para Brasília é para trabalhar, por isso, eu preciso ter cuidado para formar uma boa equipe, pois ninguém faz nada sozinho.
JC – O vice-governador Helenilson Pontes é quem tem dado as cartas nesta região, no que diz respeito ao PSD. Ele vai ficar sem mandato a partir de primeiro de janeiro. O senhor é deputado federal eleito. Quem vai mandar no partido por aqui?
Chapadinha – Eleito deputado federal, eu acredito que o partido deverá ter o meu comando. Essa é a ordem natural das coisas. Afinal, quem vai ficar visitando os municípios serei ei.
JC – Sua votação em Itaituba foi muito expressiva. Foram mais de onze mil votos. Como deputado federal, este município pode contar com o senhor, inclusive vindo aqui de vez em quando?
Chapadinha – Eu considero Itaituba, também, como minha terra. Aqui eu tenho raízes. Recebi essa incumbência de representar esse município, por mais de onze mil eleitores. Tenho que corresponder. Eu vou trabalhar por Itaituba e vou estar por aqui, sempre que possível, acompanhando meus irmãos Hilton e Nicodemos e fortalecendo o nosso grupo político.
JC – A votação de Santarém lhe decepcionou?
Chapadinha – Eu fui bem votado em Santarém. Foram mais de vinte mil votos. Mas, confesso que eu esperava bem mais. As pesquisas apontavam uma votação mais alta. Mas, em alguns momentos, como tinha que andar por outros municípios eu tive que me afastar. Faltou uma maior presença do candidato em certos momentos.


Matéria veiculada no Jornal do Comércio, edição 188

Ação religiosa-política está confirmada para São Luiz do Tapajós em 27 de novembro

Padre Edilberto Sena (Foto: JParente)

Corredeiras de São Luiz: (Foto: JParente)
Está confirmado para o dia 27 de novembro, uma ação religiosa política em São Luiz do Tapajós, em defesa da vida do Rio Tapajós e de seus povos. Os organizadores pretendem reunir entre 300 e 400 pessoas decididas a resistir às obras das hidrelétricas desse rio.

Uma caravana sairá de Santarém dia 26 de novembro, de barco e ônibus, devendo chegar lá dia 27 pela manhã. 


O Padre Edilberto Sena, ambientalista militante há muitos anos, é um dos incentivadores e organizadores desse grande acontecimento. Mantive contato com ele na tarde de hoje, quando ele me confirmou que a programação está de pé.

O blog publica mais uma vez a programação para o referido dia.
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CARAVANA DE RESISTENCIA AOS PROJETOS HIDRELÉTRICOS NA AMAZÔNIA

O COMPLEXO TAPAJÓS SÓ DESTRÓI VIDAS

POR QUE A CARAVANA:

Os povos dos Rios, Madeira, Xingu, Teles Pires e Tapajós, dentre outros, vivenciam chocados a destruição de vidas humanas, a depredação dos seus recursos naturais e culturais. Essa destruição é determinada pelo governo brasileiro subserviente ao grande capital internacional que, ignorando os amazônidas, faz articulações políticas entre as elites locais, nacionais e internacionais, criando todo um ambiente propício de enriquecimento de empresas e para o governo cumprir o programa de aceleração do crescimento econômico, deixando a fome, a miséria, a violência e a baixa qualidade de vida a população.

Cartas de repúdio, moções, abaixo-assinados contra as hidrelétricas na Amazônia, enviadas às autoridades, apelos judiciais explicitando a preocupação e denunciando tanto os crimes cometidos como os iminentes, de pouco ou nada o governo tem  levado em consideração. O governo segue firme com seus planos e calendários de 
implantação das obras.

JUSTIFICATIVA DA CARAVANA:

Os movimentos sociais organizados, tem se mobilizado e refletido através de encontros comunitários, seminários regionais, debates pela mídia, passeatas de protestos, semanas de estudo esclarecendo a população sobre a hecatombe que o governo está patrocinando na região, uma verdadeira destruição de vidas humanas, dos recursos naturais e culturais.  O povo esclarecido e indignado agora insiste numa resistência séria. O governo não pode desconhecer que na região existem mais de trinta milhões de habitantes, que são os verdadeiros donos das riquezas e que estas devem estar a serviço da vida humana, não só de poucos brasileiros.

COMO E QUANDO ACONTECERÁ A CAVANA:

No Rio Tapajós os povos da região, os ribeirinhos e pescadores juntamente com bispos e pastores, ONGs estão organizando uma caravana chamada de CARAVANA DE RESISTENCIA AOS PROJETOS HIDRELETRICOS NA AMAZONIA a se realizar na primeira quinzena de novembro de 2014. Barcos, lanchas, canoas, carros e onibus rumarão ao alto Tapajós para um apelo, uma determinação, uma grande celebração bem lá da comunidade de São Luiz do Tapajós, onde existe a pretensão do governo de construir o primeiro dos sete estrangulamentos ao rio, sem autorização dos seus donos.

OBJETIVO DA CARAVANA DE RESISTENCIA:

 A Caravana tem o objetivo de juntar todas as organizações e lideranças da região para unidos gritar ao mundo que, chega de destruição na Amazônia e que os verdadeiros culpados pagarão caro pela destruição e mortes que já fizeram.

DATA : sairá de Santarém dia 26.11 e chegará pela manhã de 27 em Itaituba e de lá seguirá ara São Luiz do tapajós.

AÇÃO RELIGIOSO/POLÍTICA – pela manhã do dia 27 na comunidade São Luiz/Pimental será celebrada a missa com presidencial de 4 bispos da Amazônia. Em seguida ocorrerá o ato público. Retorno pela parte da tarde.

PARTICIPANTES:

·         Povos Indígenas do baixo, médio e alto Tapajós.

·         Todas as comunidades organizadas e interessadas do rio Tapajós – baixo médio e alto Tapajós.

·         Todas as lideranças dos municípios de Jacareacanga, Trairão, Itaituba, Aveiro, Santarém e Belterra

·         Pescadores do baixo, médio e alto Tapajós.

·         Organizações de mulheres do baixo, médio e alto Tapajós.

·         Jovens e estudantes do baixo, médio e alto Tapajós.

·         Universidades e Igrejas da região

·         Obs: espera-se de 500 a 1000 participantes.

CELEBRANTES:

- Toda a Caravana juntamente com:
- Dom Flavio Geovenale, bispo de Santarém,
- Dom Erwin Klaulter, bispo do Xingu,
- Dom Wilmar Santim, bispo de Itaituba.
- Dom Esmeraldo Farias, arcebispo de Porto Velho,
- Pastores das diversas Igrejas Evangélicas,

ORGANIZADORES E MOBILIZADORES:

·         Povos organizados e interessados da região,
·         Aliança dos quatro Rios – Teles Pires, Xingu, Madeira e Tapajós
·         Movimento Tapajós Vivo – MTV
·         Organização GREENPEACE
·         Comissão Justiça e Paz da diocese de Santarém - CDJP
·         Movimento dos Atingidos por Barragens -  MAB
·         Movimento de Trabalhadores de Luta por Moradia - MTLM
·         Movimento de Mulheres
·         Movimento de Pescadores
·         Pastorais Sociais da Diocese de Santarém
·         Pastorais da Juventude,
·         Movimento Salve o Juá
·         Federação das Associações de Moradores de Santarém FANCOS e UNECOS
·         Movimento Estudantil
·         Entidades parceiras:
- Terra de Direitos;
- Paróquia de Fordlândia
- Custódia franciscana São Benedito da Amazônia

Recursos para a preparação do Evento

·         Organizações e pessoas interessadas em resistir contra as barragens
·         Projetos enviados a entidades parceiras

·         Cada membro da Caravana contribuirá com R$ 20,00 para a alimentação durante a viagem de ida e retorno e no dia lá.


Como participar – haverá inscrição prévia na sede do Grupo de Defesa da Amazônia. Contato pelo telefone 91826398 (Edilberto) e 91076507 (Darcilene) e 91953465 (Valéria)