O
ministro do Meio Ambiente, Zequinha Sarney, disse ontem ao senador Jader
Barbalho (PMDB) que não foi informado sobre a operação realizada pelo Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) no sul do Pará. A operação embargou
diversos frigoríficos na região causando pânico à população e aos produtores. O
ministro atendeu ao apelo do senador e determinou a imediata suspensão da
operação do Ibama. Zequinha Sarney lamentou os transtornos causados à população
do sul do Pará e reforçou que não era o momento de se realizar tal ação,
classificada por Jader Barbalho como uma “violência contra os produtores do
Pará”.
Após ser informado sobre a suspensão, o senador
Jader Barbalho telefonou para o presidente da Federação da Agricultura e
Pecuária do Estado do Pará (Faepa), Carlos Xavier, informando sobre a decisão
do ministro. Xavier agradeceu o empenho do senador e disse que estaria
informando aos demais dirigentes da Faepa e aos segmentos interessados. Segundo
a Faepa, o efetivo bovino do Estado vem crescendo acima da média nacional nos
últimos anos, com aumento de mais de 43% face aos 8% registrados pelo restante
do país, com concentração localizada exatamente no sul do Pará.
“O momento é de muita fragilidade da economia
brasileira, de muita seriedade. São milhares de empregos que estão em risco num
único setor, que tem efetivamente apresentado respostas positivas para o país”,
alertou Jader Barbalho, em conversa com o ministro.
TEMOR
O senador recebeu um apelo de representantes da
indústria da carne, sindicatos rurais, empresários, pecuaristas e produtores
rurais da região, que solicitaram ao deputado federal Beto Salame (PP-PA), que
levasse ao senador o temor de toda uma cadeia produtiva. Jader Barbalho ligou
para o ministro do Meio Ambiente após receber Beto Salame em seu gabinete, em
Brasília. “Os prejuízos causados pela crise da carne são enormes em um país
onde já existem mais de 13 milhões de desempregados”, lembrou o senador, na
conversa.
Em
resposta ao senador, o ministro do Meio Ambiente pediu “desculpas” à população
paraense. “Não era o momento oportuno. Não era o momento adequado para essa
operação. O Ibama faz parte do Ministério do Meio Ambiente mas, lamentavelmente
não fui informado sobre essa operação”, disse.
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