segunda-feira, março 06, 2017

MP 756/16 asfixia agricultura e pecuária de Novo Progresso

Gelson Dill, vice-prefeito de Novo Progresso
A MP 756/2016 engessou a agricultura e a pecuária de Novo Progresso, pois ao aumentar o tamanho do Parque Nacional do Riozinho, tornou ilegais produtores dessas duas vertentes da produção daquele município, que se encontravam trabalhando deforma regular há muitos anos.

De uma hora para outra, quem cria gado ficou impossibilitado de vender o seu produto para grandes frigoríficos, que não compram porque a criação agora está acontecendo em área de reserva ambiental.

Novo Progresso, que tem o maior frigorífico desta região, que gera dezenas de empregos diretos, fora os indiretos, além de tributos para os cofres do município e do Estado, viu sua economia sofrer um duro golpe.

Essa MP 756/16 também prejudica de forma direta o município de Itaituba.

Já a medida 758/2016, fere de morte a economia de Itaituba, pois inviabiliza a extração e a comercialização legal de ouro.

Para que a população possa entender bem o que ocorre com essa MP, foi muito bem explicada a situação na audiência pública de hoje, tanto pelo vice-prefeito de Novo Progresso, Gelson Dill, que utilizou um Datashow para facilitar o entendimento.

Gelson Dill tem grande conhecimento do assunto, pois desde 2005 acompanha as questões atinentes às dificuldades que o setor produtivo tem enfrentado desde então, por conta de medidas unilaterais tomadas pelo governo federal, que tem ouvidos atentos para as exigências de ambientalistas, mas, que é totalmente surdo quanto aos cidadãos que vivem nesta parte do Brasil.

Suas colocações foram bem-feitas e com dinamismo.

Da mesma forma, o advogado José Antunes, autoridade no que diz respeito à legislação ambiental, deu sua importante contribuição no esclarecimento das questões legais.

Gelson disse que 80,5% do território de Novo Progresso foram transformados em área de preservação. E por causa dessas últimas medidas, uma área produtiva de 230 mil ha virou Área de Proteção Ambiental, o que causa grande instabilidade nos setores de produção e imobiliário.

Ele informou que a comitiva do município vizinho, que esteve mês passado em Brasília, visitou os deputados federais e os senadores do Pará, aos quais foi exposto o problema em todos os seus detalhes.

Os parlamentares da bancada paraense assumiram compromisso e já arregaçaram as mangas para que as duas medidas provisórias não passem do jeito que foram enviadas ao Congresso pelo Palácio do Planalto.

A primeira providência foi tratar de conseguir vagas para os parlamentares do Estado nas comissões que irão discutir as duas matérias, pois até aquele momento, nenhum deles tinha sido incluído, se não como suplente.

Somente a Medida Provisória 756/16 receberá 15 emendas apresentadas pela bancada do Pará, que tentará emplacar todas.

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