terça-feira, junho 20, 2017

"Agora, é esperar que o governo, de fato, mande um projeto de lei para o Congresso, após os vetos das MPs", diz Bruno Rolin

O secretário de meio ambiente, Bruno Rolim, depois de assistir a um vídeo do ministro do meio ambiente, Sarney Filho, e de saber a posição do senador paraense Flexa Ribeiro, disse que já dá para fazer uma leitura bem real do resultado para a região, de modo especial para o município de Itaituba, depois do veto do presidente às medias provisórias que o Congresso aprovou.

“O que a gente tem de concreto é que devemos acreditar na palavra do ministro Sarney Filho, juntamente com o senador Flexa Ribeiro, de que as medidas provisórias que foram aprovadas pelo Congresso, na Câmera e no Senado, apresentavam uma fragilidade jurídica. Deveria ter sido enviado um projeto de lei, pois as medias provisórias poderiam ser contestadas mais na frente, porque os ambientalistas poderiam acionar ela na justiça.

De acordo com as informações que temos, está sendo elaborado um projeto de lei com as mesmas características das medidas provisórias vetadas. Será encaminhado para o Congresso para ser votado em caráter de urgência. Tem mais peso porque vai ser uma lei, com conhecimento do presidente Michel Temer e de todo o seu ministério para ser sancionada assim que passar pelo Congresso.

A gente acredita nisso; temos essa esperança de que esse projeto lei seja elaborado o quanto antes para encaminhar para o Congresso e ser realmente votado o mais rápido possível, para que nós tenhamos uma segurança jurídica”, disse o secretário.

Bruno também falou da pressão real que existiu dos ambientalistas, principalmente do WWF e do Greenpeace, que pesou para o presidente vetar as MPs.

“Olha, isso também, querendo ou não, tem uma força muito grande, pois são ONGs internacionais, além do que tivemos artistas e até modelo internacional brasileira fazendo pressão para vetar. Esse pessoal não conhece a nossa realidade, que é deturpada por grupos de mídia como a Rede Globo, que escancarou isso em vários jornais, apresentando matérias que não condizem com a realidade da nossa região. A realidade é bem diferente.

Essas unidades de conservação foram criadas em áreas que já eram ocupadas. Por isso, espera-se que o projeto de lei venha resolver essa problemática. Infelizmente, a gente só vai saber se de fato o governo federal está falando a verdade, mais tarde, quando for ou não encaminhado para o Congresso esse projeto de lei prometido”, afirmou ele.

Para o secretário de meio ambiente, mais do que nunca, as lideranças políticas do Pará terão que ficar atentas e devem ser cobradas para acompanhar o que vai acontecer daqui para frente.

“Nossos deputados federais e senadores, além do ministro Helder Barbalho, fizeram um grande trabalho mudando a Medidas Provisórias 756 e 758. Os políticos de Itaituba e Novo Progresso também foram fundamentais nessa luta. Agora, todos eles, juntamente com os nossos políticos locais e regionais, -prefeitos e deputados estaduais - deverão trabalhar para que o Estado não seja mais uma vez prejudicado por decisões que vem de cima para baixo, repito, sem conhecerem a nossa realidade.

Infelizmente, tem algumas ONGs que vivem do capital estrangeiro, que não querem que a Amazônia se desenvolva, não querem ver o país se desenvolver. Na verdade, querem gerir um recurso que não é deles. Essa questão de dizer que Amazônia é internacionalizada, que é isso ou aquilo, só fala quem não conhece.


Quem sofre na pele a questão do não desenvolvimento somos nós, aqui da região do Tapajós, na região norte do Estado. Nós precisamos marcar nossa posição através dos nossos representantes, que tem que ir para cima, para fazer com que o presidente Michel Temer entenda a nossa realidade daqui da região do Tapajós”, finalizou Bruno.

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