Pacientes continuarão sendo mandados para Santarém, mas, em menor número
No
programa O Assunto é Este, ontem, na Alternativa FM, discutimos em detalhes a
questão na mudança da regulação de pacientes de Itaituba para Santarém.
O
secretário de Saúde Iamax Prado, o diretor do Hospital Municipal de Itaituba,
enfermeiro Adriano Coutinho, o vereador Peninha e o jornalista Weliton Lima
estiveram no estúdio participando da mesa redonda.
Havia
muitas dúvidas sobre o assunto, suscitadas pela forma como a mudança foi
tratada, tanto pelo governo do Estado, quanto pela prefeitura de Santarém.
A
primeira informação dava conta de que o prefeito Nélio Aguiar, de Santarém,
havia decidido, unilateralmente, que o hospital municipal daquele município não
receberia mais pacientes de outros municípios.
Itaituba
viveu dez dias de informações desencontradas e de muita preocupação, tanta de
parte do setor de saúde pública do município, quanto de quem precisa de
atendimento, disse o enfermeiro Adriano.
Iamax
Prado afirmou que houve uma enorme falha de comunicação, da SESPA e do prefeito
Nélio Aguiar, que trataram de fazer a mudança na regulação do envio de
pacientes, que no modelo anterior foi implantado no governo de Ana Júlia,
quando Maria do Carmo era prefeita de Santarém, ambas do PT.
Segundo
o secretário de saúde, quando Nélio entendeu o tamanho do mal-entendido, tratou
de gravar um áudio para dar as devidas explicações, mas, naquele momento, um
problema que deveria ser apenas de ordem administrativa já tinha se
transformado em um fato político, com desgaste para Nélio Aguiar, que sempre teve
uma ótima relação com Itaituba.
No
final de tudo, ficou claro que, apesar da mudança, o Hospital Municipal de
Santarém vai continuar recebendo pacientes provenientes de Itaituba, mas, de
forma muito mais seletiva, o que significará que bem menos pessoas serão
encaminhadas para lá.
Não
vai mais ser encaminhado para lá, quem não tiver necessidade de atendimento
urgente. Os casos que não se enquadrarem nessa exigência, e precisarem ser
atendidos no Hospital Regional do Baixo Amazonas, terão que aguardar o
surgimento de leito.
Diante
dessa nova realidade, faz-se urgente que a prefeitura consiga recursos através
de emendas parlamentares para ampliar os serviços do Hospital Municipal de
Itaituba, pois, apenas com recursos próprios será difícil isso acontecer, pois,
além dos 15% obrigatórios conforme exigência constitucional, a prefeitura tem
colocado bem mais dinheiro para evitar que alguns serviços sejam suspensos.
Também
foi dito no programa de ontem, de forma clara, que no momento, a prefeitura de
Itaituba não tem condições de colocar a UPA para funcionar, pois se trata de um
centro de atendimento cuja manutenção em atividade custo muito caro.
A
UPA surgiu como uma ideia muito boa do governo federal, que como vem fazendo há
muitos anos com outros serviços, banca o prédio, normalmente bem estruturado,
mas, que não banca integralmente o seu funcionamento.
Existe
aporte de recursos do Ministério da Saúde, mas, insuficiente para a manutenção
do custeio.
Em
muitos municípios brasileiros, as prefeituras fecharam sua Unidade de Pronto
Atendimento, por não terem condições de bancar os custos; em outros, nem chegou
a abrir.
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