sábado, outubro 21, 2017

O que se deve fazer após a mudança da regulação?

Artigo - Passada a emoção relativa à mudança na regulação de pacientes que Santarém recebe de outros municípios, 20 no total, incluindo Itaituba, é hora de usar a razão para analisar a situação e procurar soluções.

Fazendo uma análise sensata, o modo como a regulação está sendo feita desde que o Ministério Público do Estado pressionou o governo do estado para que processe a mudança foi bom para os pacientes.

Por que foi bom?

Até então, desde que o governo de Ana Júlia mudou a regulação, que passou a ser feita pelo Hospital Municipal de Santarém, aquela unidade de saúde pública parecia aqueles hospitais do Rio de Janeiro em seus piores momentos.

Os pacientes eram mandados, por Itaituba e por outros municípios, aos montes, superlotando o HMS, que tinha doentes pelos corredores, muitos deles jogados no chão, numa cena dantesca.

Agora, não, o HMS só recebe pacientes que necessitem de atendimentos médico de urgência. Se não for assim, não adianta mandar que não será recebido.

Esse novo sistema é mais humano e mais justo.

Diante dessa nova realidade, os prefeitos desses municípios terão que repensar os seus programas de atendimento à saúde dos seus munícipes, pois os pacientes, principalmente os traumatizados e os que precisam de cirurgias que não são realizadas em suas cidades, terão que ficar esperando o surgimento de vaga no Hospital Regional do Baixo Amazonas.

No caso específico de Itaituba, vai se formar uma fila cuja dimensão, só esperando para ver qual será, fila essa que pressionará o prefeito a tomar medidas muito mais rápido do que ele estava pensando.

Já era pensamento de Valmir Climaco, mesmo antes de tomar passe no atual mandato, dotar o Hospital Municipal de Itaituba, de um centro cirúrgico ortopédico que aliviará muito essa pressão, mas, que precisa sair do papel.

Sozinho, o município não tem condições de arcar com a implantação completa desse serviço, que custa caro, o qual, além de precisar de um médico ortopedista contratado para cuidar dos casos, terá que contratar um médico anestesista, que não será exclusivo para cirurgias ortopédicas, e nesse ponto a secretaria de saúde encontra dificuldades, porque o máximo que se avançou até agora, foi com a possibilidade de um profissional vir uma ou duas vezes por Mês, o que é insuficiente. Quanto ao ortopedista, o município conta com o médico Leonard Cabral, que é um profissional de alto gabarito.

Uma coisa é certa: não dá para ficar do jeito que está; não dá para a administração atual ficar protelando a busca de soluções, posto que, se nada for feito, a imagem do prefeito Valmir Climaco, que está muito bem na foto, em alta junto a população, poderá ser arranhada, porque, assim como quem tem fome tem pressa, quem precisa de atendimento em saúde também tem pressa, e muitas vezes, muita pressa.

Mais do nunca o prefeito terá que acionar seus contatos políticos em nível federal para alocar recursos para a saúde deste município. E é possível que consiga apoio substancial, uma vez que em 2018 teremos eleição para deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente da República. Logo, vai haver muita gente interessada nos votos de Itaituba.

Espera-se que Valmir tenha êxito, porque Itaituba necessita muito do apoio de Brasília para resolver esse gargalo que desafia a capacidade de solucionar problemas que o prefeito tem demonstrado.

Não é nada fácil, mas, é possível

Jota Parente
Jornalista

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