Artigo - Passada
a emoção relativa à mudança na regulação de pacientes que Santarém recebe de
outros municípios, 20 no total, incluindo Itaituba, é hora de usar a razão para
analisar a situação e procurar soluções.
Fazendo
uma análise sensata, o modo como a regulação está sendo feita desde que o
Ministério Público do Estado pressionou o governo do estado para que processe a
mudança foi bom para os pacientes.
Por
que foi bom?
Até
então, desde que o governo de Ana Júlia mudou a regulação, que passou a ser
feita pelo Hospital Municipal de Santarém, aquela unidade de saúde pública
parecia aqueles hospitais do Rio de Janeiro em seus piores momentos.
Os
pacientes eram mandados, por Itaituba e por outros municípios, aos montes, superlotando
o HMS, que tinha doentes pelos corredores, muitos deles jogados no chão, numa
cena dantesca.
Agora,
não, o HMS só recebe pacientes que necessitem de atendimentos médico de
urgência. Se não for assim, não adianta mandar que não será recebido.
Esse
novo sistema é mais humano e mais justo.
Diante
dessa nova realidade, os prefeitos desses municípios terão que repensar os seus
programas de atendimento à saúde dos seus munícipes, pois os pacientes,
principalmente os traumatizados e os que precisam de cirurgias que não são
realizadas em suas cidades, terão que ficar esperando o surgimento de vaga no
Hospital Regional do Baixo Amazonas.
No
caso específico de Itaituba, vai se formar uma fila cuja dimensão, só esperando
para ver qual será, fila essa que pressionará o prefeito a tomar medidas muito
mais rápido do que ele estava pensando.
Já
era pensamento de Valmir Climaco, mesmo antes de tomar passe no atual mandato,
dotar o Hospital Municipal de Itaituba, de um centro cirúrgico ortopédico que
aliviará muito essa pressão, mas, que precisa sair do papel.
Sozinho,
o município não tem condições de arcar com a implantação completa desse
serviço, que custa caro, o qual, além de precisar de um médico ortopedista contratado
para cuidar dos casos, terá que contratar um médico anestesista, que não será
exclusivo para cirurgias ortopédicas, e nesse ponto a secretaria de saúde
encontra dificuldades, porque o máximo que se avançou até agora, foi com a
possibilidade de um profissional vir uma ou duas vezes por Mês, o que é
insuficiente. Quanto ao ortopedista, o município conta com o médico Leonard
Cabral, que é um profissional de alto gabarito.
Uma
coisa é certa: não dá para ficar do jeito que está; não dá para a administração
atual ficar protelando a busca de soluções, posto que, se nada for feito, a
imagem do prefeito Valmir Climaco, que está muito bem na foto, em alta junto a
população, poderá ser arranhada, porque, assim como quem tem fome tem pressa,
quem precisa de atendimento em saúde também tem pressa, e muitas vezes, muita
pressa.
Mais
do nunca o prefeito terá que acionar seus contatos políticos em nível federal
para alocar recursos para a saúde deste município. E é possível que consiga
apoio substancial, uma vez que em 2018 teremos eleição para deputado estadual,
deputado federal, senador, governador e presidente da República. Logo, vai
haver muita gente interessada nos votos de Itaituba.
Espera-se
que Valmir tenha êxito, porque Itaituba necessita muito do apoio de Brasília
para resolver esse gargalo que desafia a capacidade de solucionar problemas que
o prefeito tem demonstrado.
Não
é nada fácil, mas, é possível
Jota
Parente
Jornalista
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